A Rede Nacional Primeira Infância, através do GT Homens pela Primeira Infância, promove nos dias 1 e 2 de Setembro, em São Paulo, o III Seminário Nacional Paternidades e Primeira Infância: avanços e desafios do cuidar. O objetivo do evento é dar visibilidade à diversidade de experiências dos pais homoafetivos, pais adolescentes e encarcerados, além de abordar temas como a ampliação da licença-paternidade, guarda compartilhada e educação para a igualdade de gênero.

O ativista Fábio Paranhos, coautor do livro Coragem de ser (Edições GLS), é um dos convidados a palestrar no seminário. Usando como base o tema do livro, ele vai mostrar os 14 depoimentos de homens que assumiram a homossexualidade depois de ter formado uma família. “São histórias de amor, de encontros e desencontros, de sofrimento e superação”, afirma Paranhos, destacando que o livro também traz depoimentos de filhos desses homens tão corajosos.

Nesta sexta-feira, dia 1º, a programação do evento será dedicada ao debate e reflexão com especialistas no tema, vindos de diferentes estados do Brasil. A mesa 1, sobre a importância das políticas públicas na valorização da paternidade, vai abordar a ampliação da licença-paternidade, os próximos passos para a regulação e efetivação do Marco Legal da Primeira Infância, e também sobre o papel do homem no desenvolvimento e educação das crianças. Na segunda mesa de debates, a diversidade das famílias brasileiras estará presente, com falas de pais adotivos homoafetivos, pais adolescentes, pais transexuais e pais que já estiveram em situação de prisão. A terceira mesa de debates vai discutir o novo posicionamento do homem na dinâmica familiar, e contará com a presença de defensores do direito à guarda compartilhada das crianças, e representantes de movimento que defende a participação dos pais nas creches.

O segundo dia do evento será dedicado às oficinas vivenciais e rodas de conversa para escuta e troca de experiências, sobre temas como amamentação e alimentação saudável, educação para a equidade de gênero e oficinas sobre o brincar. As crianças serão bem-vindas, e poderão participar de atividades propostas por um grupo de educadores, para que os pais e mães possam participar das oficinas. Também no sábado, acontecerá um encontro com autores e especialistas sobre paternidade e o encerramento com a apresentação da Banda Alana.

O III Seminário Nacional Paternidades e Primeira Infância: avanços e desafios do cuidar é uma realização do GT Homens pela Primeira Infância, integrado pelas seguintes organizações: Aldeias Infantis SOS Brasil, CECIP – Centro de Criação de Imagem Popular, Coordenação Nacional de Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Comitê Vida, Diário do Papai, Instituto Papai, Plan, Portal Aleitamento.com, Portal 4Daddy, Primeira Infância Melhor e Promundo Brasil. E conta com o apoio da secretaria-executiva da Rede Nacional Primeira Infância / CECIP – Centro de Criação de Imagem Popular.

Além dos debates, o evento vai contar com o lançamento do documentário “Pai é quem cuida”, oficinas e rodas de conversas para escuta e troca de experiências. As inscrições são gratuitas e as vagas, limitadas, clique aqui para se inscrever.

Serviço

Evento: III Seminário Nacional Paternidades e Primeira Infância: avanços e desafios do cuidar
Data: 1º e 2 de setembro, sexta-feira e sábado
Horário: das 8h as 17h30 (sexta) e das 8h as 12h30 (sábado)
Local: Sede do Projeto Quixote
Endereço: Av. Engenheiro Luís Gomes Cardim Sangirardi, 789 – Vila Mariana – São Paulo
Inscrições e vagas limitadas, acesse:  https://goo.gl/s97hFN

 

Sobre o livro

Contrariando o senso comum, estudo recente realizado na Universidade de Toronto, no Canadá, estimou que mais da metade dos pais homossexuais era composta por pais biológicos e não adotivos. De início, essa constatação pode gerar questionamentos do tipo: por que ele se casou e teve filhos se sabia que era gay? Por que escondeu o que sentia da família? O livro Coragem de ser – Relato de homens, pais e homossexuais  lançamento das Edições GLS, escrito pela psicóloga Vera Moris e pelo ativista Fábio Paranhos, mostra que esse raciocínio não é apenas incorreto, mas terrivelmente preconceituoso. Por meio de depoimentos de homens que assumiram a homossexualidade depois de formar uma família, os autores encontraram, sobretudo, homens que tentaram ser “normais” antes de entender e aceitar o que realmente eram.

A sombra da heteronormatividade, segundo os autores, que os persegue até a idade adulta, faz que eles existam, vivam e ajam exatamente de acordo com essa norma, trazendo a concretização do sonho da família perfeita e da vontade de ser pai. Porém, aos poucos, a percepção da orientação homossexual começa a vir à tona. Ao mesmo tempo, a separação está associada à temida necessidade de se reconhecer não heterossexual.

“Esses homens se casaram com parceiras por quem estavam apaixonados e com elas tiveram filhos. Viveram, entre namoro e o casamento, uma vida satisfatória. Para alguns, encontrar a mulher amada depois de uma infância e de uma adolescência problemática representava a possibilidade de constituir uma família. Porém, mais tarde, eles constataram aquilo que não conseguiam mais esconder: a inevitável atração – tanto sexual quanto afetiva – por pessoas do mesmo sexo”, afirma Vera Moris.

Para saber mais sobre o livro, acesse:
http://www.gruposummus.com.br/gruposummus/livro/1467/Coragem+de+ser

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