………………… Texto parcial de matéria de Tatiana Pronin, publicada no portal VivaBem em 17/07/2018.

Todo mundo já teve essa sensação de que algo ruim pode acontecer, muitas vezes acompanhada por “batedeira no peito”, suor ou “embrulho no estômago”. A ansiedade é um estado que se parece muito com o medo e tem uma função importantíssima para a sobrevivência e adaptação ao ambiente. É o que nos permite lutar ou fugir, por exemplo, diante de alguém que não respeita a lei ou de um motorista que não viu o sinal ficar vermelho.

Além de motivos concretos para se preocupar, como assaltos, trânsito caótico, desemprego e doenças, cada indivíduo tem suas ameaças pessoais, ou “encanações”, que podem até não fazer muito sentido quando analisadas à luz da razão: se o filho não come verdura, não significa que vai adoecer. Se o marido chega tarde, não significa que tem uma amante. Algumas pessoas ainda chegam a passar mal, ou reagem de forma “desadaptativa”, a situações ou objetos que os outros consideram comuns ou até divertidos, como shoppings lotados, eventos sociais, aviões ou pontes.

Quando a reação é tão intensa que nos impede de se proteger e lutar de forma eficaz, é desproporcional ao estímulo ou torna-se crônica, há enorme sofrimento e perdas – é quando a ansiedade vira doença. Além do chamado transtorno de ansiedade generalizada (TAG), existem outros, como pânico, fobias e ansiedade social. O estresse pós-traumático e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) também são classificados como transtornos de ansiedade.

Prevalência

O Brasil ganhou o preocupante título de campeão de ansiedade no mais recente relatório sobre o tema publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): 9,3% da população sofre com o problema de acordo com o documento, valor que é o triplo da média mundial, e supera de longe os Estados Unidos (6,3%). Assim como em outros continentes, as mulheres são as mais afetadas nas Américas: 7,7% sofrem de ansiedade, contra 3,6% dos homens.

Quando se considera o risco pessoal de sofrer com o problema, a proporção é mais alta: “Algo como 23% da população apresenta um transtorno de ansiedade ao longo da vida”, afirma Marcio Bernik, coordenador do programa de ansiedade (Amban) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC/FMUSP). “Desses transtornos, os mais frequentes são as fobias, mais particularmente as específicas, que ocorrem muitas vezes na infância, como de insetos, altura e outras situações”, descreve. Em segundo lugar aparece a ansiedade (ou fobia) social, com quase 10%. Os transtornos de ansiedade generalizada (TAG) e de pânico têm prevalências menores.

Quais os sintomas de quem sofre de ansiedade?

As manifestações envolvem desde sensações subjetivas de medo e apreensão, além de pensamentos catastróficos e sintomas físicos. O corpo todo pode ser afetado pela liberação de substâncias como a noradrenalina e o cortisol, que ativam a atenção, aumentam a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos para preparar o organismo para reagir. Sem perceber, a pessoa inala mais ar do que precisa (hiperventilação), o que piora tudo: “Diminui muito o nível de gás carbônico no sangue, acionando receptores que ficam nas carótidas e que mandam sinais equivocados ao cérebro”, relata Fernanda Sassi, médica do ambulatório de transtorno de personalidade e do impulso do IPQ – HC/FMUSP.

Sintomas psicológicos:

  • Apreensão
  • Medo
  • Angústia
  • Inquietação
  • Insônia
  • Dificuldade de concentração
  • Incapacidade de relaxar
  • Sensação de estar “no limite”
  • Preocupações com desgraças futuras
  • Pensamentos catastróficos, de ruína ou adoecimento

Sintomas físicos:

  • Sudorese
  • Falta de ar
  • Hiperventilação
  • Boca seca
  • Formigamento
  • Náusea
  • “Borboletas” no estômago
  • Ondas de calor
  • Calafrios
  • Tremores
  • Tensão muscular
  • Dor no peito
  • Taquicardia (coração acelerado)
  • Sensação de desmaio
  • Tonturas
  • Urgência para ir ao banheiro

Para ler a matéria completa, acesse: https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2018/07/17/ansiedade-o-que-e-quais-os-tipos-os-sintomas-e-tratamentos-mais-eficazes.htm

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