Denise Dias Barros

Mestre em Ciências Sociais (Antropologia) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (puc-sp) e doutora em Sociologia pela Universidade de São
Paulo (usp). Realizou pós-doutorado na França, no Laboratoire Systèmes de Pensée en Afrique Noire (École Pratique des Hâutes Études, CNRS) e foi pesquisadora residente (fellow) do Institute for Advanced Studies de Nantes (2008-2009). Docente aposentada pela Universidade de São Paulo, onde trabalhou entre 1985 e 2015, pertence ao quadro de docentes e orientadores do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da USP e do Mestrado Profissional em Terapia Ocupacional da FMUSP. É membro-fundadora da Casa das Áfricas-Amanar, em São Paulo. Recebeu em 2005
o terceiro lugar do Prêmio Jabuti por seu livro Itinerários da loucura em territórios dogon. É membro-fundadora e atuante do Projeto Metuia, grupo interinstitucional de pesquisas e ações pela cidadania de crianças, jovens e adultos em processos de ruptura das redes sociais de suporte. Realizou pesquisas sobre o tratamento social e a percepção da loucura, a migração, a história das relações entre arte e antropologia e as práticas religiosas (ancestralidade e Islã), tendo como campo a sociedade dogon, da República do Mali. Desde 2010, tem realizado estudos sobre mobilidade de pessoas no continente africano, notadamente entre o oeste e o norte da África — com estudos de campo no Mali e no Egito — e sobre expressões culturais tamacheques e em sua diáspora. No Brasil, pesquisa grupos em processo de ruptura de redes sociais, religiosidade, mobilidade e migração. Atua nos campos da terapia ocupacional social e da
antropologia — com ênfase em antropologia das sociedades africanas, interfaces entre artes e história e antropologia visual. Orcid: orcid.org/0000-0002-
4145-3415. ID Lattes: 6607056840278610.

Livros deste autor

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Mentiras do ocidente, As

Alexandre de Lourdes Laudino
Bas’Ilele Malomalo
Dagoberto José Fonseca
e mais 7 autores
R$84,40

Durante séculos, o eurocentrismo científico ajudou a construir uma história baseada em mentiras. Tais mentiras fomentaram — e ainda fomentam — o racismo, a xenofobia, a misoginia e a morte de inúmeros grupos e povos, sobretudo na África e na América. A fim de restituir a verdade, a presente obra aponta novos caminhos teórico-metodológicos que partem da história real do continente africano e da diáspora de sua população. Entre os temas abordados estão: a vida e a obra de Ptahhotep, um dos grandes filósofos do Reino Antigo do Kemet (atual Egito); as falsas narrativas produzidas pelo pensamento euro-ocidental; a formação da democracia nas diversas nações da África; os conceitos de unidade e diversidade cultural africana; a afroperspectiva como método e teoria; o impacto do escravismo e do colonialismo na África; a interface entre arte e loucura nos rituais de cura do povo dogon (Mali); as lutas dos povos indígenas por seus territórios ancestrais.

A coleção África, presente! Negritude e luta antirracista constitui um espaço de produção e divulgação do pensamento não hegemônico acerca de africanos, afro-brasileiros e indígenas. Seu objetivo é problematizar e contestar cientificamente paradigmas, falácias e metodologias euro-ocidentais.