Professora adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro‑Brasileira (Unilab) e do Programa de Mestrado em Estudos Africanos, Culturas Negras e Povos Indígenas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), fez estágio pós‑doutoral em História da África na Universidade de Lisboa. É autora do livro Mercados minas — Africanos ocidentais na Praça do Mercado do Rio de Janeiro (1830‑1890) (Rio de Janeiro: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2015), premiado pelo mesmo arquivo e pela USP‑Capes em 2014. Coorganizou, com Flávio Gomes e Giovana Xavier, a coletânea Mulheres negras no Brasil escravista e do pós‑emancipação (São Paulo: Selo Negro, 2012).
E‑mail: juliana_bfarias@homail.com
Livros deste autor
Tráfico, biografias e diáspora (África‑Brasil), séculos XVII‑XIX
- Antonia da Silva Mota
- Cândido Domingues
- Daniele Santos de Souza
- e mais 9 autores
R$74,70
“Reunindo textos inéditos de doze pesquisadores de distintas regiões do Brasil, esta obra reconstrói as experiências de personagens negros até então pouco conhecidos. Os autores são historiadores jovens e consagrados que compartilham o compromisso com a pesquisa empírica, lendo nas entrelinhas processos judiciais, contratos, registros paroquiais e correspondência oficial para recuperar a agência histórica de homens e mulheres africanos e seus descendentes. Ao tratar da escravidão e da liberdade, os estudos aqui apresentados centram-se nos indivíduos, resgatando essas vidas do anonimato e demonstrando como a instituição da escravidão afetou a todos — escravizados, libertos e livres. Cada capítulo revela a riqueza de nossos arquivos e a sensibilidade dos autores, que, com base em fragmentos históricos, recompuseram com maestria a trama complexa dos laços que unem a África e o Brasil, buscando compreender como africanos e seus descendentes ultrapassaram as limitações e a violência do cativeiro desde o século XVII. O resultado é uma obra comprometida a revelar as raízes do racismo estrutural que caracteriza a sociedade brasileira e o papel da desigualdade e da violência racial na formação do país. Leitura fundamental para compreendermos a dívida histórica do Brasil para com os descendentes dos mais de 5,5 milhões de africanos escravizados que chegam aos portos brasileiros durante os mais de quatro séculos de existência do tráfico de almas.”
Texto de Mariana P. Candido, professora e pesquisadora do
Departamento de História da Universidade Emory (Atlanta, Estados Unidos)
Da escravidão à pós-emancipação
- Adriano Bernardo Moraes Lima
- Cristiana Tramonte
- Flavio Gomes
- e mais 17 autores
R$120,90
Na historiografia brasileira, ainda são poucos os estudos que revelem em detalhe as práticas cotidianas, de invenção da cultura – também aquela material –, cobrindo todo o Brasil rural e urbano da escravidão e pós-emancipação. O que acontecia no interior das senzalas, nas matas circunvizinhas das fazendas ou nos becos, casebres e zungus (como eram chamadas as moradas dos africanos e crioulos nas cidades)? Muita coisa a ser redescoberta, descrita e analisada. Entre os séculos XVII e XIX, as experiências religiosas, sobretudo as de origem africana, foram reinventadas e modificadas permanentemente em diversos espaços. Nesta coletânea, os organizadores reuniram pesquisas inéditas sobre as formações religiosas negras em cidades coloniais e pós-coloniais do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Maranhão, Alagoas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Das devassas em torno dos calundus ao sincretismo com o catolicismo de monges beneditinos; da perseguição do Tribunal de Inquisição às santas africanas; do medo da feitiçaria à união entre religião e política; das batidas policiais que reprimiam e perseguiam as casas de dar fortuna, os cangerês e o candomblé às influências africanas sobre festas religiosas católicas.Assim, este livro mostra que, ao longo do tempo, experiências religiosas se inventaram e renovaram-se, perdendo e ganhando sentidos, significados e símbolos. Em meio à intolerância – inclusive racial, social e cultural –, encontramos disputas pela memória, pela origem e pelos mercados da crença.
- Adriana Dantas Reis
- Antonio Liberac Cardoso Simões Pires
- Camillia Cowling
- e mais 17 autores
R$117,00
Como foi a participação das mulheres cativas na sociedade escravista e nas primeiras décadas da pós-emancipação? Como protestaram mirando a escravidão e contrariando a ideia de que aceitaram com passividade a opressão imposta? Os ensaios desta coletânea, que abrange os séculos 18 a 20, constituem um quadro amplo e fascinante das experiências das mulheres africanas, crioulas, cativas e forras.