Kunhã Jeguakai Nhandeva Charrúa (Bruna Lopes Silva)

Pertence ao povo guarani, sendo natural do território da bacia hidrográfica Mirim-São Gonçalo. Bacharela em Artes Visuais pela Universidade Federal
de Pelotas (UFPel), pesquisa a questão discursiva na ética das imagens e as relações de poder estabelecidas por meio delas, os processos de desterritorialização e violência decorrentes da atividade civilizatório-urbanizada e a assimilação
forçada da cultura e da economia não indígena. Atua no fomento e na produção de resistência enunciativa na produção cultural guarani e kaiowá contemporânea, visando colaborar na retomada poética e política do Tekoha ñee Katu (palavra/enunciação em guarani que representa respeito à terra, aos outros, à justiça e à defesa da plena manutenção da vida, do território tradicional, da cosmovisão, do modo de ser e produzir pensamento dos povos originários). Trabalha com produção e reflexão sobre imagens visuais, sonoras,
performáticas e audiovisuais, bem como produção de comunicação indígena em mídias digitais. É artista, produtora cultural, ativista de direitos humanos
e direitos indígenas. Cofundadora dos coletivos de mulheres Artivismo Indígena e Feminismo Essencial, é membro do Conselho Yusiti Tekoá Pindó,
do Fórum de Ação Permanente pela Cultura de Porto Alegre (RS). Atua, ainda, como produtora cultural no Ateliê Mãos de Lótus. Foi bolsista de monitoria do Ateliê de Gravura da UFPel e depois colaboradora. Participou como mediadora e debatedora do projeto integrado (ensino, pesquisa e extensão) “Patafísica: mediadores do imaginário” e do projeto de extensão “Galeria A SALA: arte contemporânea para o público”. Participou também do projeto de ensino “Zigoto: seminário de experimentações poeticoeducativas”. ID Lattes: 9851620968184780.

Livros deste autor

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Mentiras do ocidente, As

Alexandre de Lourdes Laudino
Bas’Ilele Malomalo
Dagoberto José Fonseca
e mais 7 autores
R$84,40

Durante séculos, o eurocentrismo científico ajudou a construir uma história baseada em mentiras. Tais mentiras fomentaram — e ainda fomentam — o racismo, a xenofobia, a misoginia e a morte de inúmeros grupos e povos, sobretudo na África e na América. A fim de restituir a verdade, a presente obra aponta novos caminhos teórico-metodológicos que partem da história real do continente africano e da diáspora de sua população. Entre os temas abordados estão: a vida e a obra de Ptahhotep, um dos grandes filósofos do Reino Antigo do Kemet (atual Egito); as falsas narrativas produzidas pelo pensamento euro-ocidental; a formação da democracia nas diversas nações da África; os conceitos de unidade e diversidade cultural africana; a afroperspectiva como método e teoria; o impacto do escravismo e do colonialismo na África; a interface entre arte e loucura nos rituais de cura do povo dogon (Mali); as lutas dos povos indígenas por seus territórios ancestrais.

A coleção África, presente! Negritude e luta antirracista constitui um espaço de produção e divulgação do pensamento não hegemônico acerca de africanos, afro-brasileiros e indígenas. Seu objetivo é problematizar e contestar cientificamente paradigmas, falácias e metodologias euro-ocidentais.