Texto parcial de matéria de Fernanda Talarico, publicada no Splash │UOL, em 06/02/2023

 

“Avatar: O Caminho da Água”, “Babilônia”, “Tár” e “Os Fabelmans”. Os quatro filmes estão em evidência por serem indicados ao Oscar de Melhor de 2023, mas também compartilham outra característica: todos têm mais de duas horas e meia de duração. São 3h12m, 3h09m, 2h38m e 2h31m respectivamente.

Há quem reclame da duração de filmes e defenda que os títulos devem durar no máximo uma hora e meia. Em algumas plataformas de streaming, há até mesmo listas com títulos que se estendem por apenas 90 minutos.

Com vídeos curtos, como no TikTok, e a opção de algumas plataformas de acelerarem o conteúdo, a impressão é que de está cada vez mais difícil aceitar que precisamos de filmes que demorem muito para terminar.

Para Franthiesco Ballerini, doutor em Processos Socioculturais e autor do livro “Jornalismo Cultural no Século 21“, a discussão sobre a duração de conteúdo é uma “questão geracional”. Ele acredita que estamos lidando com “a impaciência que essas novas gerações têm e a questão do próprio streaming que dá a facilidade para você muda e acessar outra obra rapidamente”.

“Eu, como professor universitário, sinto nos meus alunos uma completa impaciência de muitos deles, que não chegam até a um terço de muitos filmes. Sendo que a gente sabe, especialmente na linguagem clássica americana, o qual é o primeiro terço que vai definir um pouco da história, da narrativa, então você precisa chegar nisso pelo menos.”

Hoje, a oferta de conteúdo é muito maior do que há anos, deixando aberta a possibilidade de comparações. Por exemplo: uma pessoa que for ao cinema hoje, pode assistir às 3 horas e 12 minutos de “Avatar: O Caminho da Água” ou à uma hora e 42 minutos de “M3gan”. A diferença nesta escolha está no tipo de filme a ser consumido, com alguns quesitos a serem considerados.

O segundo filme de “Avatar” tem a seu favor ser a continuação de um dos longas de maior sucesso de todos os tempos e entrega diversas sequências deslumbrantes visualmente. O espectador que aceita passar mais de três horas dentro da sala de cinema leva isso em conta.

Já alguém que vá assistir à “M3gan”, um título dirigido por um diretor desconhecido, que não faz parte de uma série de outros filmes, precisa ser convencido e, um longa de uma hora e pouco é muito mais atraente.

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Para ler na íntegra, acesse: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2023/02/06/hollywood-acha-que-precisamos-de-filmes-longo-sera.htm

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Conheça também os livros de Franthiesco Ballerini sobre cinema:

Diário de Bollywood

Curiosidades e segredos da maior indústria de cinema do mundo
Franthiesco Ballerini
R$58,40

Misto de diário de campo e grande reportagem, a obra aborda as principais características do cinema indiano, conhecido mundialmente como Bollywood. Reflete com olhar crítico os pontos fortes desta indústria, suas dificuldades e o momento de transição inédito por que passa a indústria cinematográfica indiana. Por fim, faz um paralelo com o cinema de Hollywood e da América Latina.

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História do cinema mundial

Franthiesco Ballerini
R$117,00

Fruto de três anos de profundas pesquisas, História do cinema mundial traz um viés inédito para o estudo do tema: o enfoque geográfico e cultural da sétima arte. Na primeira parte do livro, Franthiesco Ballerini explica como se formaram as principais indústrias cinematográficas do mundo, como Hollywood e Bollywood. Em seguida, passeia pelos movimentos cinematográficos mais emblemáticos do planeta – como o Neorrealismo italiano e a Nouvelle Vague francesa. Na terceira parte, o autor faz uma análise detalhada do melhor cinema feito em cada continente, detalhando aspectos culturais, estéticos e de linguagem. Utilizando o didatismo que lhe é característico, Ballerini se dirige a estudantes de artes e comunicação, profissionais do cinema e do audiovisual, professores e artistas. Na obra, o leitor também encontrará:

  • pequenas sinopses dos filmes mais importantes;
  • curiosidades sobre os bastidores da indústria cinematográfica;
  • listas com os filmes fundamentais;• lindas fotografias que ajudam a contar a história de cada capítulo;
  • índice onomástico composto por todas as películas citadas e por diretores, atores e produtores.
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Cinema brasileiro no século 21

Reflexões de Cineastas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os rumos da cinematografia nacional
Franthiesco Ballerini
R$111,20

Esta é a obra definitiva sobre o cinema brasileiro. Baseado em dois anos de entrevistas com os mais importantes nomes do cinema nacional, em pesquisas e em dados da indústria, Franthiesco Ballerini faz um retrato da produção cinematográfica hoje nas áreas de atuação, direção, roteiro, exibição, distribuição e legislação, entre outras. Prefácio de Jean-Claude Bernardet.

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