O universo da dança e movimento se despede de Angel Vianna, nome brasileiro que é referência na arte, momento em que o Grupo Editorial Summus se solidariza com familiares e toda a comunidade de admiradores. A coreógrafa mineira Maria Ângela Abras Vianna, de personalidade sempre positiva e alegre, faleceu neste domingo, 1º de dezembro, aos 96 anos, em São Paulo, e as homenagens de despedida acontecem inclusive no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Essas capitais, além da Bahia, foram locais onde os projetos da dançarina tiveram protagonismo também como docente, carreira que lhe rendeu importantes premiações.
A vida e a obra de Angel Vianna, bem como de seu marido, o também coreógrafo Klaus Vianna (1928 – 1992), marcadas pela abordagem interdisciplinar sobre a dança vinculada à anatomia e à expressão corporal, ficaram conhecidas por respeitar a singularidade física de cada aluno.
Toda a riqueza de suas técnicas fica registrada em publicações para a formação de uma das principais escolas de consciência e terapia corporal pela dança e o teatro. O livro Angel Vianna, a pedagoga do corpo (Summus Editorial), escrito por sua discípula Enamar Ramos, descreve a trajetória teórico-metodológica, cujo trabalho congregou tantos renomados dançarinos e atores brasileiros. Outras obras que registram o legado dos Vianna são A dança, de Klaus Vianna (Summus Editorial, 2005); A escuta do corpo – Sistematização da técnica Klauss Vianna (Summus Editorial, 2022), e Qual é o corpo que dança? – Dança e educação somática para adultos e crianças (Summus Editorial, 2012), ambos de Jussara Miller, outra grande estudiosa e propagadora das metodologias na contemporaneidade. Além disso, ela inspirou muitos artigos de diversos pesquisadores da dança-educação e preparação teatral.
A carreira de Angel Vianna inclui ainda a organização de congressos, seminários e outros eventos, participações em comitês artísticos, científicos, culturais, assim como júris de preparação no Brasil e no exterior.