ISBN: 9788587478344
Guerreiras de natureza
Mulher negra, religiosidade e ambiente - Coleção Sankofa - Volume 3
Organizador(es): Elisa Larkin Nascimento
Autor(es): Aderbal Moreira Ashogun, Carlos Moore, Clarice Novaes da Mota, Cristiane Cury, Dandara, Elisa Larkin Nascimento, Gizêlda Melo do Nascimento, Helena Theodoro, Hédio Silva Jr., José Flávio Pessoa de Barros, Lélia Gonzalez, Maria Lina Leão Teixeira, Mirian Goldenberg, Mãe Beata de Yemonjá, Nei Lopes, Sueli Carneiro
A mulher negra conquistou seu espaço na sociedade por meio de grandes lutas, testemunhadas neste volume por lideranças e pensadoras como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Hédio Silva Jr. e Helena Theodoro. A tradição religiosa afro-brasileira valoriza o papel da mulher e reúne uma sabedoria guardada por ela como protagonista da vida de sua comunidade. A tradição dos orixás cultiva uma rica e dinâmica relação com a natureza, antecedendo por milênios a repentina preocupação do Ocidente atual sobre o meio ambiente. Com apresentação de Mãe Beata de Yemonjá e ensaios de Dandara, Nei Lopes e Aderbal Moreira Axogum, entre outros, este volume explora as diversas implicações dessa tradição para a interação do ser humano com as forças da natureza. No processo, elucida várias dimensões do impacto negativo da intolerância religiosa na sociedade contemporânea.
R$96,80
Elisa Larkin Nascimento
Mestra em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Parceira do professor Abdias Nascimento; juntos, fundaram, em 1981, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro), que guarda o acervo dele e das organizações que ele criou: Teatro Experimental do Negro (1944) e Museu de Arte Negra (1950). Com base no acervo, o Ipeafro realiza iniciativas voltadas para o ensino da história e da cultura de matriz africana. Curadora de exposições das pinturas de Abdias Nascimento e da coleção Museu de Arte Negra Ipeafro, Elisa idealizou o Fórum Educação Afirmativa Sankofa e publicou diversos livros, entre eles O sortilégio da cor; os quatro volumes da coleção Sankofa; Abdias Nascimento, a luta na política; Racismo e antirracismo na educação e Adinkra, sabedoria em símbolos africanos.
Aderbal Moreira Ashogun
Baiano nascido no terreiro do Alaketu, é músico e consultor do Ibama para Práticas Religiosas em Unidade de Conservação e coordenador da Omo Aro Companhia Cultural. Coordena ofi cinas internacionais de cultura afro-brasileira. Produziu e tocou no CD Cantigas de candomblé (2000), gravando 57 cantigas na língua ioruba, com o intuito de preservá-las.
Carlos Moore
Doutor em Ciencias Humanas e doutor em Etnologia
pela Universidade de Paris-7, na Franca. Pesquisador Titular Honorário
(Honorary Research Fellow) na Escola para Estudos de Pós-Graduação
e Pesquisa na Universidade do Caribe (UWI), Kingston, Jamaica. É autor
de African presence in the Americas (1995); Castro, the blacks, and Africa
(1989); Th is bitch of a life; Cette putain de vie (1982).
Clarice Novaes da Mota
Tem formação em Psicologia Social, com doutorado em Antropologia Social pela Universidade de Texas e pósdoutorado em Etnobotânica pela Universidade de Califórnia (Berkeley). Professora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas, realiza pesquisa com ênfase em Etnobotânica Médica, Antropologia da Saúde e Antropologia do Meio-Ambiente.
Cristiane Cury
Socióloga formada pela Universidade de São Paulo.
Dandara
É autora de cinco filmes de curta metragem e do longa Negro ingrato – Vida e obra de Abdias do Nascimento (em fase de finalização). Pesquisa culturas florestais desde 1988, tendo produzido ou idealizado várias obras sobre o tema, como o show “Amor à natureza” (Eco-92), o romance A vingança das amazonas (inédito) e o curta Poemas florestais, que será filmado em 2008.
Elisa Larkin Nascimento
Mestra em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Nova York e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Parceira do professor Abdias Nascimento; juntos, fundaram, em 1981, o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro), que guarda o acervo dele e das organizações que ele criou: Teatro Experimental do Negro (1944) e Museu de Arte Negra (1950). Com base no acervo, o Ipeafro realiza iniciativas voltadas para o ensino da história e da cultura de matriz africana. Curadora de exposições das pinturas de Abdias Nascimento e da coleção Museu de Arte Negra Ipeafro, Elisa idealizou o Fórum Educação Afirmativa Sankofa e publicou diversos livros, entre eles O sortilégio da cor; os quatro volumes da coleção Sankofa; Abdias Nascimento, a luta na política; Racismo e antirracismo na educação e Adinkra, sabedoria em símbolos africanos.
Gizêlda Melo do Nascimento
Doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ e pós-doutora em Letras pela UFF, é professora associada do Departamento de Letras da Universidade Estadual de Londrina. Coordena o projeto de pesquisa Antologia de escritoras afro-brasileiras e participa do projeto Antologia crítica da literatura brasileira afrodescendente. É co-autora de Black presence in Brazilian literature: from the colonial period to the twentieth century (em colaboração com Heloisa Toller Gomes e Leda Maria Martins) (2004) e de Feitio de viver: memória de descendentes de escravos (2006).
Hédio Silva Jr.
É advogado, mestre em Direito Processual Penal e doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP, além de diretor-executivo do Centro de Estudos das Relações de Trabalho (Ceert). Foi secretário da Justiça do estado de São Paulo na gestão do governador Geraldo Alckmin (2003-2006).
Helena Theodoro
Pesquisadora, escritora, doutora em Filosofia, membro do Cedine/RJ e professora de Cultura Brasileira da Universidade Estácio de Sá e de Universo do Carnaval da EAT/Faetec.
José Flávio Pessoa de Barros
Antropólogo, escritor e pai-de-santo. Dirigiu o Centro de Ciências Sociais (1991-1995) e a Diretoria de Relações Internacionais, Intercâmbios e Convênios (1996-2000) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi subsecretário de Ciência e Tecnologia, em 2001, e atualmente é diretor do Instituto de Humanidades da Universidade Candido Mendes (Ucam).
Lélia Gonzalez
Foi professora e diretora do Departamento de Sociologia e Política da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, cofundadora do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras, IPCN e MNU. Teve atuação destacada em fóruns internacionais do mundo africano como o Instituto dos Povos Negros (Burkina Faso/Unesco), Memorial Gorée (Senegal), e em inúmeros congressos e conferências em vários países. Faleceu em 1994. Veja a página www.leliagonzalez.org.br para mais informações.
Mãe Beata de Yemonjá
É mãe-de-santo e chefe da comunidade-terreiro de candomblé Ilê Omiojuaro, localizada no município de Belford Roxo, estado do Rio de Janeiro.
Maria Lina Leão Teixeira
Doutora em Antropologia pela USP, é professora aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro e professora visitante nas Universidades Federais do Rio Grande do Norte e do Ceará. Realiza pesquisas sobre a antropologia das populações afro-brasileiras, focalizando principalmente os grupos de candomblé no que se refere à saúde.
Mirian Goldenberg
Antropóloga, é professora do Departamento de Antropologia Cultural e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do IFCS/UFRJ. Autora de A arte de pesquisar, A outra, Infiel: notas de uma antropóloga, Os novos desejos, Nu & vestido, De perto ninguém é normal e Toda mulher é meio Leila Diniz. Veja a página www.miriangoldenberg.com.br para mais informações.
Nei Lopes
Nascido na zona suburbana carioca em maio de 1942, Nei Lopes bacharelou-se pela antiga Faculdade Nacional de Direito da atual UFRJ aos 24 anos de idade. No início dos anos de 1970, abandonando a advocacia, encetou carreira artística, tornando-se compositor profissional de música popular. Na década seguinte, destacou-se também por sua militância pelos direitos civis do povo negro, publicando, a partir de 1981 alguns livros pioneiros como, principalmente, Bantos, Malês e identidade negra; O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical; Sambeabá; e Novo dicionário banto do Brasil, além de artigos e ensaios no exterior e coletâneas de contos e poemas, sempre evidenciando sua condição de brasileiro afro-descendente.
Na música popular, é autor consagrado em parcerias e interpretações de grandes nomes do cenário artístico brasileiro, sendo também intérprete de suas próprias obras.
Sueli Carneiro
É filósofa e doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Fundadora e coordenadora executiva do Geledés Instituto da Mulher Negra, é diretora vice-presidente do Fundo Brasil de Direitos Humanos e ativista do Movimento Feminista e do Movimento Negro do Brasil. Autora de artigos sobre gênero, raça e direitos humanos em diversas publicações nacionais e internacionais, integra o Grupo de Pesquisa “Discriminação, Preconceito e Estigma”, da Faculdade de Educação da USP, e o conselho consultivo do Projeto Mil Mulheres, da Articulação Nacional de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras e da Ação Educativa. É autora do livro Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil (Selo Negro, 2011) que faz parte coleção Consciência em debate.
Leia o sumário e as primeiras páginas deste livro abaixo ou, se preferir, faça o download do PDF
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