ISBN: 9786599883712

Mentiras do ocidente, As

Organizador(es): Dagoberto José Fonseca

Autor(es): Alexandre de Lourdes Laudino, Bas’Ilele Malomalo, Dagoberto José Fonseca, Denise Dias Barros, Kowawa Kapukaja Apurinã, Kunhã Jeguakai Nhandeva Charrúa (Bruna Lopes Silva), Muryatan Santana Barbosa, Patricio Batsîkama, Renato Noguera, Tatiane Pereira de Souza

Durante séculos, o eurocentrismo científico ajudou a construir uma história baseada em mentiras. Tais mentiras fomentaram — e ainda fomentam — o racismo, a xenofobia, a misoginia e a morte de inúmeros grupos e povos, sobretudo na África e na América. A fim de restituir a verdade, a presente obra aponta novos caminhos teórico-metodológicos que partem da história real do continente africano e da diáspora de sua população. Entre os temas abordados estão: a vida e a obra de Ptahhotep, um dos grandes filósofos do Reino Antigo do Kemet (atual Egito); as falsas narrativas produzidas pelo pensamento euro-ocidental; a formação da democracia nas diversas nações da África; os conceitos de unidade e diversidade cultural africana; a afroperspectiva como método e teoria; o impacto do escravismo e do colonialismo na África; a interface entre arte e loucura nos rituais de cura do povo dogon (Mali); as lutas dos povos indígenas por seus territórios ancestrais.

A coleção África, presente! Negritude e luta antirracista constitui um espaço de produção e divulgação do pensamento não hegemônico acerca de africanos, afro-brasileiros e indígenas. Seu objetivo é problematizar e contestar cientificamente paradigmas, falácias e metodologias euro-ocidentais.

R$84,40

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ISBN: 9786599883712

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Coleção: África presente! Negritude e luta antirracista

Editora: Selo Negro Edições

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Detalhes do Livro

ISBN 9786599883712
REF: 42001
Edição 1
Ano 2022
Nº de Páginas 192
Peso 0,328 kg
Formato 0,90 × 17 × 24 cm

Dagoberto José Fonseca

Dagoberto José FonsecaÉ livre‑docente em Antropologia Brasileira e professor de Antropologia da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp‑Araraquara). Pós‑doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), doutor, mestre, bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC‑SP). É coordenador do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (Cladin‑Unesp) e coordenador científico do Núcleo Negro para Pesquisa e Extensão Universitária (Nupe‑Unesp). Pela Selo Negro Edições é autor dos livros Políticas públicas e ações afirmativas (coleção Consciência em Debate) e Você conhece aquela?, e ainda criador e coordenador da coleção África Presente! Negritude e luta antirracista.

Alexandre de Lourdes Laudino


Alexandre de Lourdes Laudino

Mestre em Filosofia Política, Ética e Subjetividade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), com dissertação sobre o tema Reflexões sobre biopolítica na filosofia de Michel Foucault: considerações sobre a metodologia e sobre o controle das populações. Especialista em Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira pela UFRRJ, com a monografia A filosofia como modo de vida: um estudo comparativo dos ensinamentos de Ptahhotep e Epicteto, é professor da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc), na qual atua em quatro instituições — Colégio Estadual Hilton Gama, Colégio Estadual Dr. Oscar Pimenta, Colégio Estadual Lourenço Filho e Ciep 397. Atua como professor colaborador do Pré-Vestibular para Negros e Carentes da Pastoral da Juventude (PVNC-PJ Igreja Santo Antônio). Foi docente do Colégio Estadual Pereira Guimarães Filho (Colégio Prisional-Seap). ID Lattes: 5729229727566825.

Bas’Ilele Malomalo


Bas’Ilele Malomalo

Oriundo da etnia-nação mongo-ndegese, nasceu na aldeia de Idumbe, na República Democrática do Congo. É graduado em Filosofia pelo Institut Philosophicum Saint François-Xavier de Mbuyi-Mayi. Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), é docente de graduação nos cursos das Relações Internacionais e Ciências Sociais e do Mestrado Interdisciplinar em Humanidades (MIH) do Instituto de Humanidades e Letras (IHL) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), além de professor colaborador no Programa de Pós- -Graduação em Políticas Sociais e Cidadania (PPPSC) da Universidade Católica do Salvador (Ucsal). É também coordenador do Grupo de Pesquisa “África- Brasil: Produção de conhecimentos, sociedade civil, desenvolvimento e cidadania global”; pesquisador associado do Centro dos Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (Cladin-Unesp) e da Rede para o Constitucionalismo Democrático Latino-Americano. Atua como pesquisador e membro do Comitê Internacional da Cadeira da Unesco Educação Transformadora, Democracia e Cidadania Mundial, da Université du Québec en Outaouais (UQO), Canadá, e como especialista da plataforma Harmony With Nature, da ONU. Tem experiência na área de Ciências Sociais, História da África e do Negro no Brasil, atuando sobretudo nos seguintes temas: sociologia africana, estudos das relações étnico-raciais, multiculturalismo, migrações, cooperação internacional, desenvolvimento sustentável, direitos da natureza, segurança alimentar e nutricional. É estagiário pós-doutorado no Instituto de Biociências do Departamento de Educação da Unesp Botucatu e pesquisador do Centro de Ciência e Tecnologia para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Interssan-Unesp). Fundador do Per Ankh Ntu – Escola Filosófico- teológica Kamita/Afrikana. ID Lattes: 2442167007595307.

Dagoberto José Fonseca


Dagoberto José Fonseca

É livre‑docente em Antropologia Brasileira e professor de Antropologia da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp‑Araraquara). Pós‑doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), doutor, mestre, bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC‑SP). É coordenador do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (Cladin‑Unesp) e coordenador científico do Núcleo Negro para Pesquisa e Extensão Universitária (Nupe‑Unesp). Pela Selo Negro Edições é autor dos livros Políticas públicas e ações afirmativas (coleção Consciência em Debate) e Você conhece aquela?, e ainda criador e coordenador da coleção África Presente! Negritude e luta antirracista.

Denise Dias Barros


Denise Dias Barros

Mestre em Ciências Sociais (Antropologia) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (puc-sp) e doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo (usp). Realizou pós-doutorado na França, no Laboratoire Systèmes de Pensée en Afrique Noire (École Pratique des Hâutes Études, CNRS) e foi pesquisadora residente (fellow) do Institute for Advanced Studies de Nantes (2008-2009). Docente aposentada pela Universidade de São Paulo, onde trabalhou entre 1985 e 2015, pertence ao quadro de docentes e orientadores do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da USP e do Mestrado Profissional em Terapia Ocupacional da FMUSP. É membro-fundadora da Casa das Áfricas-Amanar, em São Paulo. Recebeu em 2005 o terceiro lugar do Prêmio Jabuti por seu livro Itinerários da loucura em territórios dogon. É membro-fundadora e atuante do Projeto Metuia, grupo interinstitucional de pesquisas e ações pela cidadania de crianças, jovens e adultos em processos de ruptura das redes sociais de suporte. Realizou pesquisas sobre o tratamento social e a percepção da loucura, a migração, a história das relações entre arte e antropologia e as práticas religiosas (ancestralidade e Islã), tendo como campo a sociedade dogon, da República do Mali. Desde 2010, tem realizado estudos sobre mobilidade de pessoas no continente africano, notadamente entre o oeste e o norte da África — com estudos de campo no Mali e no Egito — e sobre expressões culturais tamacheques e em sua diáspora. No Brasil, pesquisa grupos em processo de ruptura de redes sociais, religiosidade, mobilidade e migração. Atua nos campos da terapia ocupacional social e da antropologia — com ênfase em antropologia das sociedades africanas, interfaces entre artes e história e antropologia visual. Orcid: orcid.org/0000-0002- 4145-3415. ID Lattes: 6607056840278610.

Kowawa Kapukaja Apurinã


Kowawa Kapukaja Apurinã

Nasceu indígena da etnia apurinã do Médio Purus (AM). Doutoranda em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), bacharela em Direito, licenciada em Artes Visuais e mestra em Antropologia, tendo obtido os três títulos na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Mestra em Educação e Tecnologia pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, tem experiência nas áreas de Artes, Antropologia, Educação e Direito. Atua sobretudo nos seguintes temas: educação indígena, educação ambiental, questões raciais, ações afirmativas e mulheres indígenas. Membro-fundadora do Instituto Pupykary do Povo Apurinã. Cofundadora da Articulação Brasileira de Indígenas Antropóloges (Abia), cofundadora do coletivo: Artivismo Indígena. Pesquisa povos indígenas, violências e ancestralidades indígenas. Artista, educadora e produtora cultural. Editora do portal Catarinas (https://catarinas.info/#). Ativista dos direitos, humanos ou não. Atualmente, desenvolve pesquisa com o povo tupinambá de Olivença (Acuípe) nas áreas de retomada no sul da Bahia. ID Lattes: 4580001101461928.

Kunhã Jeguakai Nhandeva Charrúa (Bruna Lopes Silva)


Kunhã Jeguakai Nhandeva Charrúa (Bruna Lopes Silva)

Pertence ao povo guarani, sendo natural do território da bacia hidrográfica Mirim-São Gonçalo. Bacharela em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pesquisa a questão discursiva na ética das imagens e as relações de poder estabelecidas por meio delas, os processos de desterritorialização e violência decorrentes da atividade civilizatório-urbanizada e a assimilação forçada da cultura e da economia não indígena. Atua no fomento e na produção de resistência enunciativa na produção cultural guarani e kaiowá contemporânea, visando colaborar na retomada poética e política do Tekoha ñee Katu (palavra/enunciação em guarani que representa respeito à terra, aos outros, à justiça e à defesa da plena manutenção da vida, do território tradicional, da cosmovisão, do modo de ser e produzir pensamento dos povos originários). Trabalha com produção e reflexão sobre imagens visuais, sonoras, performáticas e audiovisuais, bem como produção de comunicação indígena em mídias digitais. É artista, produtora cultural, ativista de direitos humanos e direitos indígenas. Cofundadora dos coletivos de mulheres Artivismo Indígena e Feminismo Essencial, é membro do Conselho Yusiti Tekoá Pindó, do Fórum de Ação Permanente pela Cultura de Porto Alegre (RS). Atua, ainda, como produtora cultural no Ateliê Mãos de Lótus. Foi bolsista de monitoria do Ateliê de Gravura da UFPel e depois colaboradora. Participou como mediadora e debatedora do projeto integrado (ensino, pesquisa e extensão) “Patafísica: mediadores do imaginário” e do projeto de extensão “Galeria A SALA: arte contemporânea para o público”. Participou também do projeto de ensino “Zigoto: seminário de experimentações poeticoeducativas”. ID Lattes: 9851620968184780.

Muryatan Santana Barbosa


Muryatan Santana Barbosa

É bacharel em História, mestre em Sociologia, doutor e pós-doutor em História da África, tendo obtido todos esses títulos na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Foi pesquisador visitante na Universidade Harvard e consultor da Unesco Brasil para o “Programa Brasil-África: histórias cruzadas”. Trabalha atualmente com temáticas relativas a pan-africanismo, união africana, sul global, relações étnico-raciais e teorias do sul. É professor adjunto dos bacharelados em Ciências e Humanidades e em Relações Internacionais, bem como do Programa de Pós- -Graduação em Economia Política Mundial da Universidade Federal do ABC (UFABC). Membro do Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros da UFABC (Neab-UFABC), é autor dos livros Guerreiro Ramos e o personalismo negro (Paco, 2015) e A razão africana: breve história do pensamento africano contemporâneo (Todavia, 2020), além de artigos especializados. Ganhador do Prêmio Jabuti em Ciências Sociais (2021) por A razão africana (2020). ID Lattes: 6114420838009053.

Patricio Batsîkama


Patricio Batsîkama

É bacharel em História e Ciências Sociais pelo Instituto de Pedagogia Nacional (IPN) — hoje universidade — em Angola, mestre em História pela University of Plymouth, na Inglaterra, e doutor em Antropologia pela Universidade Fernando Pessoa, em Portugal. Atualmente é diretor do Centro de Estudos e Investigação Científica Aplicada do Instituto Superior Politécnico Tocoísta e professor de História de Angola da mesma instituição de ensino superior. Tem experiência na área de história, com ênfase em história da África Central Ocidental. ID Lattes: 8996275534002064.

Renato Noguera


Renato Noguera

É professor do Departamento de Educação e Sociedade (DES), do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Leafro). Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordena o Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (Afrosin) e está envolvido com os projetos de pesquisa: “O que as crianças pensam sobre a escola: imagens, palavras e infâncias na Educação Infantil e no Ensino Fundamental” e “Modernidade”, na perspectiva da crítica da razão negra. Coordena o projeto de Extensão Brinquedoteca Pedagoginga. Também é autor, roteirista e dramaturgo infantil. ID Lattes: 7589245190503189.

Tatiane Pereira de Souza


Tatiane Pereira de Souza

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (bolsa Capes/Unesp), mestra em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (bolsa Capes/Neab/UFSCar), na qual atuou em 2013 como professora orientadora de monografias do curso de Especialização em Educação para as Relações Étnico-Raciais (Neab/SEaD/UFSCar. É graduada em Pedagogia e em Gestão Educacional (2009), ambas pelo Centro Universitário de Rio Preto (Unirp). Atualmente, é pesquisadora do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (Cladin), do Laboratório de Estudos Africanos, Afrobrasileiros e da Diversidade (Lead) e do Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão (Nupe), da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp Araraquara, inscritos no CNPq. Fundadora e coordenadora do Akoma — Grupo de Estudos e Pesquisas em Africanidades, Culturas, Diversidades & Memórias associado ao GT: Cladin-Lead-Nupe/CNPq, da Unesp‑FCLAr. É professora substituta da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Instituto de Ciências Humanas do Pontal/ICHPO. Tem experiência nas áreas de Educação e Ciências Sociais, com ênfase em ensino-aprendizagem, pesquisa e extensão nos seguintes temas: processos educativos, culturas, culturas populares e tradicionais, culturas negras, diversidade étnica e cultural; Áfricas; congado; pertencimentos, identidades, memórias e culturas; equidade; gênero e sexualidade; educação ambiental e relações étnico-raciais, sobretudo nas áreas da Educação das Relações Étnico-Raciais, Antropologia, Sociologia, História e Filosofia de Áfricas e de suas Diásporas Negras. Vem atuando, principalmente, com docência e formação de professores, profissionais da educação, servidores públicos e privados, capacitando pessoas e instituições para sustentabilidade, valorização das africanidades, inclusão social e respeito às diferenças. ID Lattes: 3454749523832801.

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