ISBN: 9786599883729

Mulher negra e ancestralidade

Organizador(es): Josildeth Gomes Consorte, Marise de Santana

Autor(es): Ana Piedade Armindo Monteiro, Delcirene Videira da Silva, Josildeth Gomes Consorte, Marise de Santana, Piedade Lino Videira, Sónia André, Tatiane Pereira de Souza, Teresa Manjate, Vanda Machado da Silva

Sem esquecer a luta cotidiana e as adversidades que marcam a vida atual das mulheres negras, as autoras deste volume vão buscar na ancestralidade a base para a construção de um futuro permeado de conhecimento, arte, cuidado e justiça social. Assim, apelando para a força de mães de outrora, baseiam suas reflexões em um passado esquecido que, ao se revelar, mostra extrema potência transformadora. Entre os temas abordados neste volume estão: práticas ancestrais ligadas à figura feminina em Moçambique; a resistência aos casamentos prematuros naquele mesmo país; as diferenças entre mulheres negras (brasileiras e africanas) e mulheres eurocentradas; a sabedoria das moradoras do Recôncavo Baiano que exercem as profissões de costureiras e vendedoras de acarajé; a educação nos terreiros de candomblé, assentada em valores éticos ancestrais; a trajetória de professoras alfabetizadoras na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental; as lutas das mulheres negras no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e no continente africano; as mulheres amazônicas que atuam como “servas e empregadas” do Divino Espírito Santo de Mazagão Velho, no Amapá.

A coleção África, presente! Negritude e luta antirracista constitui um espaço de produção e divulgação do pensamento não hegemônico acerca de africanos, afro-brasileiros e indígenas. Seu objetivo é problematizar e contestar cientificamente paradigmas, falácias e metodologias euro-ocidentais.

 

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ISBN: 9786599883729

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Coleção: África presente! Negritude e luta antirracista

Editora: Selo Negro Edições

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Detalhes do Livro

ISBN 9786599883729
REF: 42002
Edição 1
Ano 2023
Nº de Páginas 184
Peso 0,311 kg
Formato 0,90 × 17 × 24 cm

Josildeth Gomes Consorte

Josildeth Gomes ConsorteBaiana nascida em Salvador, fez pós-graduação em Antropologia nas universidades norte-americanas Columbia, em Nova York, e de Chicago entre 1953 e 1955, logo após participar do Projeto Estado da Bahia, da Universidade Columbia, dirigido por Anísio Teixeira entre 1950 e 1952. Doutorou-se em Ciências Humanas, em 1973, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na qual atuou como professora titular a partir de 1964 e foi uma das responsáveis pela implantação do "ciclo básico" da universidade, nos anos 1970. Hoje aposentada, tem em seu currículo diver­sas atividades pioneiras: foi uma das primeiras bolsistas de intercâmbio internacional da Capes; a primeira mulher negra e bolsista de estudo da Capes para intercâmbio internacional, orientada pelo Prof. Dr. Thales de Azevedo, na Universidade Federal da Bahia; e a primeira pesquisadora contratada, em 1955, pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE), dirigido por Anísio Teixeira no Rio de Janeiro. É sócia-fundadora da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), criada em 1955, e Doutora Honoris Causa pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Recebeu o título de Pesquisadora Emérita pelo CNPQ, do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2021. Tem interesse em diversas áreas do conhecimento da Antropologia, como Educação, Manifestações Religiosas Brasileiras e Relações Étnicas.

Marise de Santana

Marise de SantanaGraduada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Bahia Olga Meting, em 1994, concluiu mestrado em 1999 e doutorado em 2004, ambos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sob a orientação da Profa. Dra. Josildeth Gomes Consorte. Fez seu pós-doutorado na Unicamp, com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), tendo como interlocutora a Profa. Dra. Maria Neusa Mendes Gusmão. Atua como professora nível pleno da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), onde também é coordenadora do Programa Stricto Sensu em Relações Étnicas e Contemporaneidade e do curso de Pós-Graduação em Antropologia com Ênfase em Culturas Afro-Brasileiras do Odeere-Uesb. Na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), é professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenho, Cultura e Interatividade. Tem experiência nas áreas de Educação e Antropologia, atuando nos temas de Legado Africano, Cultura e Identidade; Cultura Negra; Trabalho e Formação Docente; Processo Ensino-Aprendizagem; Antropologia das Populações Afro-Brasileiras; e Educação das Relações Étnicas.

Ana Piedade Armindo Monteiro


É doutorada em Antropologia Social pela Universidade da Witwatersrand, na África do Sul, onde concluiu também o mestrado em Antropologia Social e a pós-graduação lato sensu em Sociologia de Desenvolvimento. Desde 2020 é pesquisadora no Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (CEA-UEM), em Maputo, e docente do mestrado em Gênero e Desenvolvimento da instituição. Antes foi vice-reitora para a Área Acadêmica da Universidade Zambeze (UniZambeze), instalada na cidade de Beira, em Moçambique (2014-2020); e diretora adjunta para Administração e Cooperação do CEA-UEM (1988-2013), além de pesquisadora e docente em diferentes institutos e universidades. Publicou artigos e livros em Moçambique e no exterior. É membro da Comissão Cientifica do CEA e do Conselho Editorial e Científico das revistas Sem Aspas e Transformação Unesp. Gênero, saúde e cultura são suas áreas de interesse.

Delcirene Videira da Silva


Graduada e Mestranda em Pedagogia pela Universidade Federal do Amapá, com pós-graduação lato sensu em Gestão, supervisão e Orientação Educacional. Atualmente é professora na escoa municipal Centro de Atendimento Infantil Vó Olga, em Mazagão Velho (AP).

Josildeth Gomes Consorte


Josildeth Gomes Consorte

Baiana nascida em Salvador, fez pós-graduação em Antropologia nas universidades norte-americanas Columbia, em Nova York, e de Chicago entre 1953 e 1955, logo após participar do Projeto Estado da Bahia, da Universidade Columbia, dirigido por Anísio Teixeira entre 1950 e 1952. Doutorou-se em Ciências Humanas, em 1973, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na qual atuou como professora titular a partir de 1964 e foi uma das responsáveis pela implantação do "ciclo básico" da universidade, nos anos 1970. Hoje aposentada, tem em seu currículo diver­sas atividades pioneiras: foi uma das primeiras bolsistas de intercâmbio internacional da Capes; a primeira mulher negra e bolsista de estudo da Capes para intercâmbio internacional, orientada pelo Prof. Dr. Thales de Azevedo, na Universidade Federal da Bahia; e a primeira pesquisadora contratada, em 1955, pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE), dirigido por Anísio Teixeira no Rio de Janeiro. É sócia-fundadora da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), criada em 1955, e Doutora Honoris Causa pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Recebeu o título de Pesquisadora Emérita pelo CNPQ, do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2021. Tem interesse em diversas áreas do conhecimento da Antropologia, como Educação, Manifestações Religiosas Brasileiras e Relações Étnicas.

Marise de Santana


Marise de Santana

Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Bahia Olga Meting, em 1994, concluiu mestrado em 1999 e doutorado em 2004, ambos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sob a orientação da Profa. Dra. Josildeth Gomes Consorte. Fez seu pós-doutorado na Unicamp, com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), tendo como interlocutora a Profa. Dra. Maria Neusa Mendes Gusmão. Atua como professora nível pleno da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), onde também é coordenadora do Programa Stricto Sensu em Relações Étnicas e Contemporaneidade e do curso de Pós-Graduação em Antropologia com Ênfase em Culturas Afro-Brasileiras do Odeere-Uesb. Na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), é professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenho, Cultura e Interatividade. Tem experiência nas áreas de Educação e Antropologia, atuando nos temas de Legado Africano, Cultura e Identidade; Cultura Negra; Trabalho e Formação Docente; Processo Ensino-Aprendizagem; Antropologia das Populações Afro-Brasileiras; e Educação das Relações Étnicas.

Piedade Lino Videira


Graduada em Educação Artística com Habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e em Psicopedagogia pela Faculdade de Macapá (FAMA), fez mestrado, doutorado e pós-doutorado em Educação Brasileira pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (Faced-UFC). Na Unifap, é professora do curso de Pedagogia e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) e do curso de Especialização em Estudos Teatrais Contemporâneos (EECT), além de membro do corpo de pesquisadores negros e ex-coordenadora geral do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab). Lidera o Grupo de Estudo, Pesquisa, Extensão e Intervenção em Corporeidade, Artes, Cultura e Educação para as Relações Étnico-Raciais com Ênfase em Educação Quilombola (Gepei), certificado pelo CNPq. É membro da Academia Amapaense de Letras (AAL-AP). Atua nas áreas de Educação; Cultura e Identidade Étnica; Arte-Educação; e Relações Étnico-Raciais com Ênfase em Educação Escolar Quilombola e Patrimônio Cultural Afro-Amapaense. Seus eixos temáticos de pesquisa são Movimentos Sociais, Educação Popular e Escola, com linhas teóricas voltadas a Sociopoética, Cultura e Relações Étnico-Raciais e História da Educação. É dançadeira de batuque e marabaixo, tendo idealizado a Companhia de Dança Afro Baraká em 2000.

Sónia André


Tem pós-doutorado Pela Universidade Federal do Pará (UFPA), doutorado e mestrado em Educação pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e pós-graduação lato sensu em Ensino da Arte-Música, Licenciada em Música pela UFAL, com magistério pelo Instituto de Magistério Primário de Maputo. Atua em pesquisa nas áreas de Educação; Questões de Gênero e Sexualidade da Mulher Moçambicana; Práticas Culturais e Tradicionais moçambicanas; Educação da Menina-Mulher dentro dos Ritos de Iniciação em Moçambique; Africanidades; Assuntos Étnico-Raciais; e Quilombolas, Arte e cultura em Moçambique. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em Adolescência, Juventude, Fatores de Vulnerabilidades e Proteção (Gepjuv-UFPA), o Grupo de Pesquisa Filosofia e Educação/Ensino de Filosofia (UFAL) e o Grupo de Cinema, Cultura, Tradições, Gênero e Feminismos (Minedh, em Moçambique). É membro da Associação Brasileira de Educação Musical e do Centre for Indigenous Instrumental Music and Dance Practices of Africa (Ciimda, na África do Sul). Foi homenageada pela ONG Maria Mariá, sendo indicada para o Unesco Prize for Girls and Womens Education em 2018. É atriz, produtora e cineasta.

Tatiane Pereira de Souza


Tatiane Pereira de Souza

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (bolsa Capes/Unesp), mestra em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (bolsa Capes/Neab/UFSCar), na qual atuou em 2013 como professora orientadora de monografias do curso de Especialização em Educação para as Relações Étnico-Raciais (Neab/SEaD/UFSCar. É graduada em Pedagogia e em Gestão Educacional (2009), ambas pelo Centro Universitário de Rio Preto (Unirp). Atualmente, é pesquisadora do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (Cladin), do Laboratório de Estudos Africanos, Afrobrasileiros e da Diversidade (Lead) e do Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão (Nupe), da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp Araraquara, inscritos no CNPq. Fundadora e coordenadora do Akoma — Grupo de Estudos e Pesquisas em Africanidades, Culturas, Diversidades & Memórias associado ao GT: Cladin-Lead-Nupe/CNPq, da Unesp‑FCLAr. É professora substituta da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Instituto de Ciências Humanas do Pontal/ICHPO. Tem experiência nas áreas de Educação e Ciências Sociais, com ênfase em ensino-aprendizagem, pesquisa e extensão nos seguintes temas: processos educativos, culturas, culturas populares e tradicionais, culturas negras, diversidade étnica e cultural; Áfricas; congado; pertencimentos, identidades, memórias e culturas; equidade; gênero e sexualidade; educação ambiental e relações étnico-raciais, sobretudo nas áreas da Educação das Relações Étnico-Raciais, Antropologia, Sociologia, História e Filosofia de Áfricas e de suas Diásporas Negras. Vem atuando, principalmente, com docência e formação de professores, profissionais da educação, servidores públicos e privados, capacitando pessoas e instituições para sustentabilidade, valorização das africanidades, inclusão social e respeito às diferenças. ID Lattes: 3454749523832801.

Teresa Manjate


É pesquisadora sênior e docente do Centro de Estudos Africanos (CEA) e da Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS), ambos na Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, e doutora em Licenciatura Oral e Tradicional pela Universidade Nova Lisboa. Membro do Instituto de Estudos de Literatura Tradição - Patrimônios, Artes e culturas, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas daUniversidade Nova de Lisboa (IELT) e da International Association of Paremiology (IAP). Faz pesquisa nas áreas de Literaturas Africanas; Literatura Oral; Conhecimento Local; Semiótica; e Cinema. É ativista em proteção dos Direitos Humanos da Criança, colaborando com a Santac (Rede da África Austral contra o Tráfico e Abuso de Crianças), e a Terre des Hommes, da Alemanha. Já colaborou também com a Organização Internacional das Migrações (OIM). Atualmente, trabalha na coleta, no registro e na catalogação de literatura oral em Moçambique, para a elaboração de um dicionário de símbolos; e no desenvolvimento de pesquisa em torno do cinema moçambicano.

Vanda Machado da Silva


Tem doutorado e mestrado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e é professora colaboradora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Criou o Projeto Político Pedagógico Irê Ayó na Escola Eugenia Anna dos Santo, no Ilê Axé Opô Afonjá, propiciando o reconhecimento da escola como referência nacional pelo MEC, sendo a referência e inspiração para a Lei 10.639/2003. Tem sua trajetória acadêmica dedicada a Educação Étnico-Racial, Currículo e Cultura, e vem realizando consultorias, palestras, conferências e apresentações no Brasil e em países como Bélgica, Nigéria, Cuba, Portugal e Argentina. Coordenou o Projeto Irê Ayó em comunidades quilombolas, pela parceria Secult/Fundação Palmares. Criou e coordenou o Projeto Capoeira Educação para a Paz - Formação para Capoeirista Educadores (Lei 10.639/03) no Forte de Santo Antônio, Além do Carmo (Ipac/Secult). Tem livros, textos e artigos publicados em revistas especializadas. É membro da rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e saúde (Renafro), tendo participado como roteirista do vídeo “O cuidar nos terreiros e saúde”, produzido e veiculado pela entidade.

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