ISBN: 9788584550081

Religiões negras no Brasil

Da escravidão à pós-emancipação

Organizador(es): Flavio Gomes, Valéria Costa

Autor(es): Adriano Bernardo Moraes Lima, Cristiana Tramonte, Flavio Gomes, Gabriela dos Reis Sampaio, João Amaro Monteiro, João José Reis, Juliana Barreto Farias, Lisa Earl Castillo, Luis Nicolau Parés, Luiz Alberto Couceiro, Luiz Mott, Maria da Vitória Barbosa Lima, Mundicarmo Ferretti, Nilma Teixeira Accioli, Paulo Roberto Staudt Moreira, Petrônio Domingues, Robson P. Costa, Sergio F. Ferretti, Ulisses Neves Rafael, Valéria Costa

Na historiografia brasileira, ainda são poucos os estudos que revelem em detalhe as práticas cotidianas, de invenção da cultura – também aquela material –, cobrindo todo o Brasil rural e urbano da escravidão e pós-emancipação. O que acontecia no interior das senzalas, nas matas circunvizinhas das fazendas ou nos becos, casebres e zungus (como eram chamadas as moradas dos africanos e crioulos nas cidades)? Muita coisa a ser redescoberta, descrita e analisada. Entre os séculos XVII e XIX, as experiências religiosas, sobretudo as de origem africana, foram reinventadas e modificadas permanentemente em diversos espaços. Nesta coletânea, os organizadores reuniram pesquisas inéditas sobre as formações religiosas negras em cidades coloniais e pós-coloniais do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Maranhão, Alagoas, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Das devassas em torno dos calundus ao sincretismo com o catolicismo de monges beneditinos; da perseguição do Tribunal de Inquisição às santas africanas; do medo da feitiçaria à união entre religião e política; das batidas policiais que reprimiam e perseguiam as casas de dar fortuna, os cangerês e o candomblé às influências africanas sobre festas religiosas católicas.Assim, este livro mostra que, ao longo do tempo, experiências religiosas se inventaram e renovaram-se, perdendo e ganhando sentidos, significados e símbolos. Em meio à intolerância – inclusive racial, social e cultural –, encontramos disputas pela memória, pela origem e pelos mercados da crença.

R$120,90

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ISBN: 9788584550081

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Editora: Selo Negro Edições

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Detalhes do Livro

ISBN 9788584550081
REF: 41008
Edição 1
Ano 2016
Nº de Páginas 384
Peso 0,6 kg
Formato 17 × 24 cm

Flavio Gomes

Professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem publicado livros, coletâneas e artigos desenvolvendo pesquisas em história comparada, cultura material, demografia, escravidão, cartografia e pós-emancipação nas Américas, especialmente Venezuela, Colômbia, Guiana Francesa e Cuba. Coordena o Laboratório de História Atlântica (Leha) do Instituto de História da UFRJ.

Valéria Costa

Professora adjunta do Departamento e do Programa de Pós‑Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na área de História da África. Desenvolve pesquisas nas áreas de escravidão e diáspora africana no século XIX, religiões e cultura afro‑brasileira. Entre suas principais publicações estão: Òmìnira — Mulheres e homens libertos da Costa d’África no Recife (c.1846‑c.1890) (Alameda, 2021) e É do dendê! — Histórias e memórias urbanas da nação xambá no Recife (1950‑1992) (Annablume, 2009). Co‑organizadora do livro Religiões negras no Brasil (Selo Negro, 2016) e organizadora do livro Travessias no Atlântico negro (Selo negro, 2023). E‑mail: valeriaodecosta@gmail.com

Adriano Bernardo Moraes Lima


Professor na educação básica desde 1994. É bacharel e licenciado em História pela Universidade Federal do Paraná e mestre em História pela mesma universidade. Em sua pesquisa de doutorado (Unicamp), estuda formas de recriação de heranças centro-africanas entre a população negra na região do quadrilátero do açúcar paulista no período escravista. Atualmente é professor efetivo do Instituto Federal Catarinense, campus Videira.

Cristiana Tramonte


Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal de Santa Catarina na área de Educação, com ênfase em educação intercultural e diversidade. Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995) e doutorado interdisciplinar em Ciências Humanas pela mesma universidade (2001). Integra o GT História: Religiosidade e Cultura.

Flavio Gomes


Professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tem publicado livros, coletâneas e artigos desenvolvendo pesquisas em história comparada, cultura material, demografia, escravidão, cartografia e pós-emancipação nas Américas, especialmente Venezuela, Colômbia, Guiana Francesa e Cuba. Coordena o Laboratório de História Atlântica (Leha) do Instituto de História da UFRJ.

Gabriela dos Reis Sampaio


Professora do Departamento História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal da Bahia e membro do grupo de pesquisa Escravidão e Invenção da Liberdade, cadastrado junto ao CNPq. Tem mestrado e doutorado em História Social pela Unicamp e dedica-se atualmente ao estudo das práticas culturais de africanos e seus descendentes no Brasil do século XIX.

João Amaro Monteiro


Formado em História pela Universidade Católica de Pernambuco. Omo Sango do Ile Ase Ogum Maata. Articulador cultural das religiões de matriz africana e indígena, atua nos seguimentos de patrimônio cultural, cultura negra e preservação de acervos. Coordenador da Sociedade Àbàmodá e membro-fundador do Quilombo Cultural Malunguinho. Secretário-geral do Conselho de Políticas Culturais de Recife.

João José Reis


Professor da Universidade Federal da Bahia e autor, entre outros livros, de A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX (1991); Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835 (2003); e Domingos Sodré, um sacerdote africano: escravidão, liberdade e candomblé na Bahia do século XIX (2008), todos publicados pela editora Companhia das Letras.

Juliana Barreto Farias


Professora adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro‑Brasileira (Unilab) e do Programa de Mestrado em Estudos Africanos, Culturas Negras e Povos Indígenas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), fez estágio pós‑doutoral em História da África na Universidade de Lisboa. É autora do livro Mercados minas — Africanos ocidentais na Praça do Mercado do Rio de Janeiro (1830‑1890) (Rio de Janeiro: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2015), premiado pelo mesmo arquivo e pela USP‑Capes em 2014. Coorganizou, com Flávio Gomes e Giovana Xavier, a coletânea Mulheres negras no Brasil escravista e do pós‑emancipação (São Paulo: Selo Negro, 2012). E‑mail: juliana_bfarias@homail.com

Lisa Earl Castillo


Autora do livro Entre a oralidade e a escrita: a etnografia nos candomblés da Bahia (Ed. da UFBA, 2008) e de diversos artigos publicados no Brasil e o exterior, possui doutorado em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é pesquisadora de pós-doutorado no Centro de Pesquisa em História Social da Cultura – Cecult, da Unicamp.

Luis Nicolau Parés


Professor associado no Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia. Suas principais áreas de pesquisa incluem a história e a antropologia das religiões afro-brasileiras e africanas e suas conexões atlânticas. É autor de, entre outros livros, A formação do candomblé: história e ritual da nação jeje na Bahia (Unicamp, 2006).

Luiz Alberto Couceiro


Bacharel e licenciado em História pela PUC-Rio. Fez mestrado e doutorado em Antropologia no Programa de Pós-Graduação em Sociologia & Antropologia da UFRJ e Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social no Museu Nacional da UFRJ. Atualmente, é professor de antropologia no Departamento de Sociologia & Antropologia da UFMA.  

Luiz Mott


Bacharel em Ciências Sociais pela USP, mestre em Etnologia pela Sorbonne, doutor em Antropologia pela Unicamp, professor titular aposentado do Departamento de Antropologia da UFBA e pesquisador sênior do CNPq. Autor de 15 livros e vários artigos publicados em revistas nacionais e internacionais sobre inquisição, etno-história da homossexualidade, relações raciais no Brasil colonial, direitos humanos e religiosidade popular.

Maria da Vitória Barbosa Lima


Doutora e mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em Organização de Arquivos e graduada em História pela Universidade Federal da Paraíba. É pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABIUFPB). É autora do livro Liberdade interditada, liberdade reavida: escravos e libertos na Paraíba escravista (século XIX) (Fundação Cultural Palmares, 2013). 

Mundicarmo Ferretti


Professora Emérita pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Ciências Sociais/Antropologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Licenciada em Filosofia pela UFMA. Área de pesquisa: antropologia das populações afro-brasileiras e cultura popular tradicional/folclore.

Nilma Teixeira Accioli


Doutora em História Comparada (UFRJ). Autora do documentário “Ibiri, tua boca fala por nós”. Prêmio de Melhor Documentário no 12º Festival de Filmes de Pesquisa, “Esclavages: Memóire, Héritages et Formes Contemporaines”, de Paris, em 2009. Autora do livro José Gonçalves da Silva à nação brasileira: o tráfico ilegal de escravos no antigo Cabo Frio (Funarj/Imprensa Oficial, 2012). 

Paulo Roberto Staudt Moreira


Professor titular de História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e professor visitante do Programa de Pós‑Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Bolsista de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e historiógrafo do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. E‑mail: staudtmoreira315@gmail.com

Petrônio Domingues


Petrônio Domingues

Graduado, mestre e doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP). É professor na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Pesquisador convidado na Rutgers The State University of New Jersey (EUA), com bolsa da Capes, desenvolve pesquisas sobre populações da Diáspora africana no Brasil e nas Américas, pós-emancipação, movimentos sociais, identidades, biografias, multiculturalismo e diversidade etnorracial. É um dos autores / organizadores do livro Experiências da emancipação (Selo Negro, 2011), autor do livro A nova abolição Selo Negro, 2008) e um dos autores do livro Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação (Selo Negro, 2012).

Robson P. Costa


Doutor em História pela UFPE e professor do Instituto Federal de Pernambuco. Autor do livro Vozes na senzala: cotidiano e resistência nas últimas décadas da escravidão, Olinda, 1871- 1888 (Ed. da UFPE, 2008) e um dos organizadores da obra História da escravidão em Pernambuco. Atualmente é líder do grupo de pesquisa História, cultura e trabalho e tem desenvolvido pesquisas sobre a relação entre Igreja Católica e escravidão negra no Brasil.

Sergio F. Ferretti


Doutor em Antropologia pela USP e mestre em Antropologia pela UFRN. Bacharel e licenciado em História pela Universidade do Brasil (UFRJ). Museólogo (MHN/Unirio). Professor emérito pela UFMA. Concentra-se na área de antropologia das populações afro-brasileiras. Suas áreas de pesquisa são religião e culturas populares. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Ulisses Neves Rafael


Professor Associado III do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Sergipe. Doutor em Sociologia e Antropologia pela UFRJ, mestre em Antropologia pela UFPE e bacharel em Ciências Sociais pela UFPB. Possui pós-doutorado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Atualmente coordena o Grupo de Pesquisa Cultura, Cotidiano e Sociabilidades na contemporaneidade, no qual desenvolve pesquisa sobre cultura urbana e boemia literária.

Valéria Costa


Professora adjunta do Departamento e do Programa de Pós‑Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na área de História da África. Desenvolve pesquisas nas áreas de escravidão e diáspora africana no século XIX, religiões e cultura afro‑brasileira. Entre suas principais publicações estão: Òmìnira — Mulheres e homens libertos da Costa d’África no Recife (c.1846‑c.1890) (Alameda, 2021) e É do dendê! — Histórias e memórias urbanas da nação xambá no Recife (1950‑1992) (Annablume, 2009). Co‑organizadora do livro Religiões negras no Brasil (Selo Negro, 2016) e organizadora do livro Travessias no Atlântico negro (Selo negro, 2023). E‑mail: valeriaodecosta@gmail.com

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