Você tem medo de terapia de casal? Acha que recorrer a ajuda de um especialista é sinal do fracasso do relacionamento? Pois saiba que não é bem assim.
A terapia de casal existe para facilitar o diálogo entre marido e mulher, ajudando a solucionar conflitos não só quando as coisas vão mal. Veja o que mais os profissionais do ramo gostariam que você soubesse:
1 – O objetivo é unir o casal
O foco principal da terapia é manter o casal em sintonia. Se os parceiros estão brigando o tempo todo ou tendo dificuldade para resolver os problemas, mas ainda se amam, procurar um terapeuta para ajudar a discutir a relação é ótima saída.
2 – O objetivo também pode ser a separação
Em alguns casos, durante o processo de olhar para os objetivos, planos e questões de cada um, pode ser que o casal perceba que está tudo mesmo muito desalinhado. Os dois não têm energia para levar a relação adiante e o melhor é terminar. Nessas horas, a terapia de casal pode ser boa também para que a separação seja feita tranquilidade e menos dolorosa possível.
3 – Quanto antes começar, melhor
Não espere a situação ficar insustentável para buscar a ajuda. Se já existe uma questão difícil de resolver entre vocês e o diálogo não está fluindo, comece a terapia o quanto antes. Assim a solução pode ser mais fácil.
4 – O terapeuta é o juiz e não advogado
Muita gente vai procurar a terapia de casal esperando provar seu ponto. “Eu não estou certo?” é uma frase comum de se ouvir no consultório. Mas a função do terapeuta não é escolher um dos lados ou julgar os comportamentos e sim funcionar como um juiz, mediando a conversa.
5 – Falta de briga pode ser um sinal ruim
Vocês nunca brigam? Opa! Isso pode não ser sinônimo de um relacionamento bom. Pessoas discordam e conflitos são naturais ao longo da relação, mas se não existe discussão por eles, pode ser que alguém esteja se anulando e abaixando demais a cabeça. E isso nunca é legal.
6 – Se um não quer, dois não se resolvem
Não adianta nada forçar o outro a ir para a terapia de casal com você se ele não quer. O negócio só flui se as duas pessoas estiverem se dedicando e colocando suas energias no esforço de e melhorar a relação e resolver os conflitos.
7 – As sessões nem sempre são a dois
Em alguns momentos, acontece terapia individual para identificar questões que não são tão abertas a dois e depois trabalhar isso com outro.
8 – Não precisa falar tudo!
Tem gente que acha que porque é terapia, é hora de falar tudo que estava guardado. Mas lembre-se: o objetivo ali é unir e não brigar mais. Então não precisa despejar segredos ou pensamentos que não acrescentem e podem magoar o outro. Algumas coisas não precisam ser ditas.
9 – O resultado não é imediato
O tempo que se leva para ver o resultado da terapia de casal varia de acordo com os parceiros e a dedicação. Mas, como toda terapia, é um processo que leva um certo tempo para identificar a origem dos conflitos e trabalhar. Não vá esperando sair da primeira sessão com tudo resolvido!
Especialistas consultadas: Maria Cecília Veluk, coordenadora do curso de terapia de casal e família do Instituto Delphos; Cláudia Graichen, terapeuta de casais especialista em sexualidade.
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Matéria de Helena Bertho, publicada originalmente no UOL, em 04/06/2017. Para acessá-la na íntegra: https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2017/06/04/9-verdades-que-os-terapeutas-de-casais-gostariam-que-voce-soubesse.htm
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Conheça os livros da Ágora sobre o tema dos quais Maria Cecília Veluk é coautora:
LAÇOS AMOROSOS
Terapia de casal e psicodrama
Organizadora: Maria Amalia Faller Vitale
Autoras: Vanda Lucia Di Yorio Benedito, Gilda Castanho Franco Montoro, Júlia Motta, Laurice Levy, Lúcia Ferrara, Maria Amalia Faller Vitale, Maria Cecília Veluk Dias Baptista, Maria Regina Castanho França, Maria Rita Seixas, Marta Echenique, Elisa López Barberá
Coletânea de artigos de profissionais de primeira linha que vem sendo pensado e elaborado há anos, com o intuito de dar visibilidade ao trabalho psicodramático com casais ou famílias. Dois planos interagem nos escritos: o impacto de mudanças sociais que interferem na vida familiar e a contribuição de Moreno para a terapia de casal.
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PSICODRAMA COM CASAIS
Organizadora: Gisela M. Pires Castanho
Autoras: Vivien Bonafer Ponzoni, Gisela M. Pires Castanho, Júlia Motta, Maria Amalia Faller Vitale, Maria Cecília Veluk Dias Baptista, Maria Cristina Romualdo Galati, Maria Rita Seixas, Marina da Costa Manso Vasconcellos, Marta Echenique, Mônica R. Mauro, Dalmiro M. Bustos
Este livro foi escrito para todos aqueles que se interessam por terapia de casal e por psicodrama. São 11 capítulos escritos por psicodramatistas com experiências diversas, dotados de vários exemplos nos quais os profissionais mostram como exercem sua prática clínica.