Símbolo em hospital avisa que bebê era parte de uma gestação múltipla em que nem todos sobreviveram

Símbolo em hospital avisa que bebê era parte de uma gestação múltipla em que nem todos sobreviveram

Símbolo em hospital avisa que bebê era parte de uma gestação múltipla em que nem todos sobreviveram

Na maternidade, uma mãe cansada tentando acalmar seus gêmeos recém-nascidos olha para a outra, na cama ao lado, e diz: “Você tem sorte de ter apenas um”. A intenção era fazer uma brincadeira, mas a afirmação ganhou ares de tragédia, pois a vizinha de leito também tinha tido uma gravidez múltipla e somente uma das duas bebês sobreviveu. As informações são do site americano “Babble”.

Embora prematura, Callie nasceu normal, mas Skye teve anencefalia (má formação caracterizada pela ausência total ou parcial do encéfalo e da calota craniana) e viveu apenas três horas. Mesmo sabendo da condição da bebê desde a 12ª semana de gestação, os pais, Milli Smith e Lewis Cann, ficaram arrasados com sua morte.

Contrariando as previsões médicas, que diziam que Skye não seria capaz de fazer sons, ela chorou quando nasceu e mexeu os braços, o que emocionou o casal.

O Kingston Hospital, no Reino Unido, onde o parto aconteceu, dispõe de uma sala especial, chamada Daisy, onde os pais de um bebê em estado terminal podem permanecer ao seu lado até o fim. E foi isso que eles fizeram.

Fazia pouco tempo que Skye tinha morrido quando a outra paciente fez o comentário infeliz, mas não intencional, deixando Milli devastada.

Para evitar que outras famílias passem por constrangimentos como esse, ela criou um símbolo (uma borboleta roxa) que indica que o bebê presente em determinado leito ou incubadora é parte de uma gestação múltipla em que nem todos os fetos sobreviveram. Assim, a família pode ser tratada, tanto pela equipe do hospital quanto pelos visitantes e pacientes, de maneira mais gentil e respeitosa.

Para viabilizar o projeto, Milli criou uma campanha para arrecadar fundos e espera que, no futuro, a iniciativa se transforme em uma fundação para homenagear a filha e apoiar outras famílias que passarem por perdas como a dela.

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Texto publicado originalmente no UOL, em 29/06/2016. Para lêlo na íntegra, acesse:
http://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2016/06/29/apos-perder-bebe-mae-cria-logo-para-sinalizar-luto-na-maternidade.htm

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Para entender melhor  os processos de dor e luto da perda gestacional, conheça:
20060MATERNIDADE INTERROMPIDA
O drama da perda gestacional
Autora: Maria Manuela Pontes
EDITORA ÁGORA

Por vezes o ciclo da vida inverte-se: morre-se antes de nascer. Estará a sociedade civil consciente da fragilidade da maternidade e do vigor desse sono eterno que nos desvincula da existência? Este livro denuncia os processos da dor e do luto em mulheres que enfrentaram o drama da perda gestacional. São testemunhos reais de uma dura realidade que, silenciosa, clama por ser ouvida. Prefácio de Maria Helena Pereira Franco.

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