…………….. Texto parcial de matéria de Paola Machado, publicada no portal VivaBem, do UOL, em 11/07/2018.

A obesidade é um assunto muito comentado e temos que dar a devida importância. De acordo com o POF (2010), em 1974 o sobrepeso entre meninos e meninas era de 10.9% e 8.6%, respectivamente. Em 2009, o número chegou a 34.8% em meninos e 32% em meninas. Já quando o assunto foi obesidade, as análises mostraram que, em 1974, 2.9% de meninos eram obesos e 1.8% das meninas, Em 2009, as porcentagens mostraram que a obesidade estava entre 16.6% dos meninos  e 11.8% das meninas.

Calcula-se que de 1 a 3 crianças e adolescentes –31% da população com idade entre 6 a 19 anos- apresentem algum grau de sobrepeso e obesidade, tendo uma chance de 80% em se tornar um adulto obeso.

De acordo com dados da VIGITEL de 2016, o excesso de peso cresceu em 26,3% em 10 anos. A prevalência de obesidade duplica a partir dos 25 anos de idade. Vale enfatizar ainda que mais da metade da população está com o peso acima do recomendado e 18.9% dos brasileiros estão obesos.

Trata-se de uma doença que pode ser caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal como conseqüência de um desequilíbrio energético, sendo que uma das principais causas pode ser explicada pelo consumo de energia excessiva ao seu gasto durante um período considerável.

Um estudo realizado pelo American Journal of Preventive Medicine mostrou que poucas calorias a menos por dia já é o suficiente para auxiliar na prevenção da obesidade infantil.

Os autores do estudo mostram que a redução de uma média de 64 calorias extras por dia é suficiente para auxiliar na prevenção de obesidade e melhora de qualidade de vida, se associada a diminuição da ingestão de alimentos calóricos e aumento de atividade física.

Pode parecer pouco, mas para crianças que têm um grande risco de obesidade é uma quantidade considerável. Um ponto muito importante é a questão do balanço energético que diz respeito à quantidade de calorias ingeridas versus o gasto calórico e as funções corporais e nível de atividade física.

Em particular, crianças e adolescentes que atualmente têm taxas mais altas de obesidade teriam que focar em uma maior redução no consumo calórico e aumento do gasto calórico para atingir a meta, com base na grande prevalência de obesidade infanto-juvenil nos últimos anos.

Para projetar quantos jovens seriam obesos em 2020, a pesquisadora Wang e seus colegas analisaram décadas de dados sobre as taxas de obesidade. Foram observados jovens de 1971 a 2008, com idade de 2 a 19 anos. Os estudiosos conseguiram a altura, peso, exames e até inquérito nutricional dos pacientes. Com base na tendência, os autores projetaram que a taxa de obesidade infantil seria de cerca de 21% em 2020.

Como sabemos que crianças e adolescentes que já estão com sobrepeso ou obesos precisarão de maiores reduções, e que prevenir a obesidade será mais eficaz do que tratá-la, devemos focar nossa atenção nas mudanças políticas e ambientais que possam ter mudanças precoces, amplas e impactos sustentáveis.

Os autores descrevem várias estratégias simples para prevenção da obesidade. São elas:

  1. Substituir todas as bebidas açucaradas (inclusive na escola) por água poderia reduzir a diferença energética em 12 calorias por dia.
  2. Participar de um de atividades físicas escolares poderia eliminar 19 calorias por dia entre crianças de 9 a 11 anos –o que temos no Brasil é bem diferente disso, as atividades físicas escolares são mínimas e cada vez menos incentivadas.
  3. Participar de um programa de atividades extra-escolares para crianças resulta em um adicional de 25 calorias gastas por dia.

Recomendações de alimentação infantil:

  • Adolescentes devem consumir uma quantidade de calorias adequadas às necessidades; privações ou excessos poderão comprometer o crescimento e o desenvolvimento.
  • Escolher alimentos com menos açúcar, sal e gorduras faz parte da educação alimentar.
  • Frutas e vegetais, cereais, leites e derivados, carne magra (ou ovos, peixe, frango, soja ou feijão) compõem uma alimentação saudável.
  • As frutas fornecem energia, fibras, minerais e vitaminas, podendo ser uma opção para lanches entre as refeições principais.
  • Alimentos ricos em ferro, como carne, peixe, verduras verde-escuro, grãos e castanhas devem ser consumidos com regularidade.
  • O leite é fonte de proteína e cálcio e deve fazer parte de uma alimentação balanceada.
  • Iogurte e queijo também podem ser opções de lanches entre as refeições, sobretudo aqueles com menor teor de açúcar/sal e gorduras.
  • Evitar alimentos e bebidas açucaradas entre as refeições ajuda na prevenção de excesso de peso e de cáries.
  • A ingestão regular de água também faz parte de um hábito de vida saudável.
  • Os hábitos alimentares dos pais servem de exemplos para os filhos. A alimentação da família tem que ser saudável e não apenas imposta a crianças e adolescentes.
  • Para completar um estilo de vida saudável, a prática de atividade física regular é essencial.

Recomendações da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica).

Para ler a matéria na íntegra, acesse: https://paolamachado.blogosfera.uol.com.br/2018/07/11/simples-mudancas-podem-prevenir-a-obesidade-infantil-veja-recomendacoes/

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Autora: Cláudia Lobo

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