Texto parcial de matéria de Carolina Firmino, publicada originalmente no VivaBem │ UOL em 19/10/2021
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Carregadores de bebê podem substituir os tradicionais carrinhos e têm ficado cada vez mais populares pelas vantagens que oferecem. Eles facilitam o transporte em várias situações, deixam livres as mãos e braços do adulto e oferecem segurança e conforto à criança, pelo contato próximo com a mãe ou o pai.
Existem muitos modelos disponíveis no mercado: cangurus, por exemplo, têm formato de mochila e podem ter ajustes variados de acordo com a necessidade. Já os slings são faixas de tecido que, amarradas ao corpo do jeito certo, mantêm o bebê bem firme e quentinho.
Para usar sem riscos, é preciso observar ergonomia e alguns outros cuidados. Veja as orientações do pediatra Marcelo Iampolsky e dos fisioterapeutas Caroline Barbara Gomes Fonseca e Victor Liggieri. Idade recomendada e posição do bebê Antes dos três meses de idade, a melhor opção são os slings, por serem de tecido e mais maleáveis, impedindo que ocorram lesões no recém-nascido, recomenda Marcelo Iampolsky, pediatra e professor no curso de medicina do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo. Ele indica usar dessa forma:
- Manter o rosto do bebê sempre visível, pois é importante observá-lo o tempo todo;
- Nunca colar o queixo do bebê no peito do adulto ou no tronco;
- Cuidar para que haja uma distância de, pelo menos, dois dedos entre o rosto do bebê e o corpo do adulto para que a criança consiga respirar adequadamente;
- Colocar as pernas da criança em “posição de sapinho”, ou seja, de 45 graus em relação ao quadril;
- Alinhar o eixo da cabeça do neném ao tronco.
A posição ideal no sling ou canguru é aquela em que seja possível fazer o movimento de beijar o bebê sem esforço. “O carregador precisa estar bem ajustado, não muito apertado para não machucar a criança, mas também não frouxo, para que não haja o risco de ela cair ou se desprender”, diz o médico.
Ao se movimentar, a pessoa carregando o bebê deve evitar algumas situações. Para pegar algum objeto no chão, por exemplo, não curve o corpo: “É necessário que o gesto seja feito sempre pelo joelho e não curvando a cintura. Além disso, ao abaixar, é importante manter uma das mãos apoiando as costas do bebê”, ele orienta.
Liberdade e acolhimento
Slings e cangurus são confortáveis para adultos e crianças e aliam a liberdade à proteção e ao acolhimento, entre outras vantagens:
- Proximidade do neném com o adulto: enquanto realiza alguma tarefa, o cuidador tem a possibilidade de manter a criança junto ao seu olhar. “Essa proximidade com o tórax da mãe é importante porque coloca o ouvido do bebê perto dos batimentos cardíacos dela, e isso serve para acalmar”, afirma Iampolsky.
- Cuidado complementar: manter o bebê nessa posição contribui para a melhora do refluxo gastroesofágico e da cólica gastrointestinal, segundo o pediatra.
- Distribuição do peso: tanto no canguru quanto no sling, é possível distribuir o peso da criança de forma igual e, com isso, diminuir dores de coluna, comuns, principalmente, nas mães.
Contraindicações
Os fisioterapeutas Caroline Barbara Gomes Fonseca e Victor Liggieri, da equipe Pain Team Brazil, fazem alguns alertas sobre o uso inadequado do carregador. Recém-nascidos ou bebês que ainda não mantenham a cabeça na posição vertical podem ficar expostos a riscos de asfixia. O uso correto deve evitar essas situações:
- Esmagamento do nariz e da boca do bebê contra o corpo do adulto;
- Flexão da cabeça contra o tronco, deixando a mandíbula em uma posição posterior e a língua tocando o palato mole, causando obstrução de ar;
- Risco de asfixia por ficar com o rosto contra o pano.
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Para ler a matéria na íntegra (assinantes UOL), acesse: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/10/19/como-usar-carregadores-de-bebes-com-seguranca.htm
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O fisioterapeuta Victor Liggieri é autor da Summus Editorial. Conheça abaixo seus livros:
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DE OLHO NA POSTURA
Cuide bem do seu corpo nas atividades do dia a dia
Autores: Christina Ribeiro e Victor Liggieri
Hoje, quatro milhões de brasileiros são submetidos a tratamento devido a dores provocadas pela postura incorreta. Porém, com atitudes simples e consciência corporal é possível mudar tal realidade. Nesta obra didática, totalmente ilustrada com fotografias, o leitor aprenderá a desempenhar as tarefas do cotidiano – como sentar-se, digitar, dirigir, escovar os dentes, carregar objetos pesados, cuidar do bebê – sem prejudicar a coluna e as articulações.
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ALONGAMENTO E POSTURA
Um guia prático
Autores: Christina Ribeiro e Victor Liggieri
Disseminado em diferentes países e culturas, o alongamento tornou-se rotina para a maioria da população fisicamente ativa. Porém, posturas inadequadas têm gerado dores e lesões no sistema musculoesquelético. Aqui, os autores apresentam informações atualizadas sobre o tema e fotos com orientações de como realizar com segurança os ajustes posturais necessários aos exercícios de alongamento.